Chegamos a primeira semana de administração de Luiz Eduardo Baptista como presidente do Flamengo.
Bap, é figura conhecida de longa data no meio rubro-negro. Integrou a gestão de Eduardo Bandeira de Mello e de Rodolfo Landim.
Com Bandeira rompeu cedo, já com Landim permaneceu quase até o fim, integrou a diretoria e assumiu a presidência do conselho administrativo com as bençãos do ex-presidente. Romperam quando Landim escolheu Dunshee como seu candidato a presidente.
Confesso que vi com simpatia a candidatura de Baptista, Rodrigo Dunshee tem o carisma de um Pedregulho e Mauricio Gomes de Mattos não conseguiu me convencer que reunia o necessário para ser presidente do Flamengo.
Se em minha opinião a candidatura de Bap era a melhor, ao mesmo tempo sempre enxerguei alguns pontos complicados no temperamento do atual presidente do Flamengo. Temperamento que ele manteve sob total controle durante o processo eleitoral.
No momento em uma de suas primeiras entrevistas já sentado na cadeira de mandatário rubro-negro, respondeu de forma lacônica a várias perguntas do jornalista Mauro Cezar e nem chegou a responder a última pergunta, se despediu e fechou a entrevista como um telefone na cara.
Bap, parece ter caído nas graças dos influenciadores que tem canal no Youtube, alguns deles fazem verdadeiros malabarismos para justificar algumas das primeiras ações do presidente. Ações como colocar três parceiros de corrida eleitoral em cargos remunerados no Flamengo, algo totalmente contraditório ao que pregou na campanha. Se antes tínhamos vice-presidentes parceiros não remunerados, agora temos diretores parceiros remunerados.
Algo no mínimo controverso.
Não é o momento de jogar pedra na nova gestão, mas ficar de olho nas ações é necessário do primeiro ao último minuto.
Bap, tem boas ideias e o grande problema é a sua postura, que muitas vezes é de não ouvir mais ninguém.
O Flamengo dos últimos seis anos teve muitos erros de gestão, teve momentos pífios de amadorismo infantil, mas não se pode negar que foi vencedor. Isso vai determinar o novo Flamengo, como torcedor queremos que continue e seja ainda mais vencedor.
No entanto, em se tratando de gestão, chegar com o pé na porta pode derrubar justamente o que fez o time vencedor nos últimos seis anos, e estamos vendo a gestão de Baptista literalmente chutar a porta.
O futebol fora das quatro linhas não é uma caixinha de surpresa, ao contrário, é bastante previsível. Já vimos gestões cheias de boas intenções que fizeram água. A política reflete e de maneira muito forte dentro do gramado.
Um alerta!
Em empresa nenhuma se demite um departamento todo de uma só vez, há um longo período de transição. De avaliações e apropriação da história, a gestão atual demitiu todo o departamento médico de uma só vez. Apesar de questionamentos esse departamento esteve presente nos últimos doze títulos do Flamengo, ou seja, podem em algum momento deixado a desejar, mas incompetentes não são.
A torcida é para que Bap, nos faça esquecer os tempos Landim e o próximo nos faça esquecer também o Bap. Mas como já colocamos em outros artigos aqui no portal: O difícil será daqui a pouco sentir saudade da antiga gestão.
Bap tem que se concentrar na sua gestão, nas suas ideias e esquecer que todos os dias ao olhar no espelho vê Rodolfo Landim a suas costas.
Alerta ligado!
