A aquisição do terreno do gasômetro pelo Flamengo, serviu de muleta para uma série de pautas e para todo tipo de interesse.
O fato é que o Flamengo adquiriu o terreno por leilão público. O terreno pertencia a um fundo gerido pela Caixa Econômica Federal e foi desapropriado pela prefeitura, que o vendeu através do leilão.
O Flamengo a princípio ofereceu a Caixa, 250 milhões pelo terreno, a Caixa não aceitou a proposta e pediu duzentos milhões a mais. O negócio não saiu.
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, desapropriou o terreno e o vendeu através de um leilão, o valor arrecadado com a venda foi todo repassado a Caixa.
O valor apurado no leilão foi de aproximadamente 139 milhões, bem abaixo do que o valor que a Caixa pedia e também abaixo do que o Flamengo ofereceu pelo terreno.
A Caixa foi a justiça brigar pelo valor, uma nova avaliação no terreno foi feita e o Flamengo teve que desembolsar quase mais oito milhões, ou seja, o valor final saiu por volta de 146 milhões, ainda bem abaixo do que a caixa queria, ainda abaixo do que o valor inicial que o rubro-negro ofereceu.
Essa semana houve um entendimento entre Caixa, Prefeitura e Flamengo, não haverá mais investidas judiciais, mesmo porque o Flamengo já venceu a atual demanda da Caixa e outra seguiria praticamente o mesmo roteiro.
No final, a Caixa errou, podia ter levado 250 milhões, quase 100 milhões a mais do que acabou levando.
O Flamengo deve tomar posse em breve do terreno e a venda é irreversível.
Mesmo depois de todo esse roteiro traçado, a candidata a prefeitura pelo partido Novo, Carol Sponza, foi ao Barbaquest e afirmou que o estádio não sairá.
Com total desconhecimento do processo, disse que o Flamengo acabará não ficando com o terreno, Sponza se diz flamenguista, mas tenta tirar proveito eleitoral requentando marmita velha.
Entre algumas coisas que a cândida aponta, estão a preocupação com a região, que será afetada pela construção do estádio e o Maracanã que ficará abandonado.
Quanto a preocupação com a região, eu mesmo morei no Rio até 2004 e o local era tão abandonado quanto é hoje, vinte anos depois. Quando surge um movimento que pode revitalizar a região, gerar empregos e dar uma cara nova para uma região abandonada, políticos e rivais desportivos manifestam preocupação com o local.
A segunda preocupação é o Maracanã. A pergunta é o que o Flamengo tem com isso?
O Flamengo não é dono do Maracanã, o mais querido tem a conceção e já reformou algumas vezes o estádio, o gramado a cada início de ano refeito, o clube tem que ir jogar em outra praça. O Rubro-negro gasta milhões em revitalizar o gramado e ainda assim se vê obrigado a abrir as portas para quem quiser jogar no estádio. Prejudicando o gramado e obrigando Flamengo e Fluminense a arcar com os custos.
Bom negócio para quem é a concessão do Maracanã?
Agora na opinião de rivais e de políticos o clube carioca, tem que se responsabilizar pelo estádio, se amarrando a toda essa situação e não pode querer construir seu estádio próprio.
Havia um cenário em que a política era ruim, mas era pelo menos, mais bem informada, já o novo cenário é de políticos lacradores e mal-informados.