Após sete anos de gestão, Rodolfo Landim deixa o Flamengo, com certeza hoje um clube maior do que quando o mandatário assumiu em 2019. Sem dúvida, em números o presidente mais vencedor da história do Rubro-negro mais querido.
O perfil de Landim é o de um grande gestor, bem-sucedido na vida pessoal, trouxe para o Flamengo a mesma pegada. Fez barulho, trouxe a marca Flamengo de volta a mídia positiva. Um excelente desempenho, após a gestão de Bandeira de Mello, onde o Flamengo saiu do atoleiro financeiro em que se encontrava, no entanto, teve desempenho questionável no futebol, a alma do clube.
Mas o Landim de 2019, já não é mais o mesmo que se vê deixando a cadeira de presidente, após uma derrota acachapante para Luiz Eduardo Baptista, seu antigo aliado e fiel escudeiro.
Só se pode acreditar que Landim, se deslumbrou com o poder que emana justamente da cadeira de presidente. Se amarrou incondicionalmente a Marcos Braz, que apesar de ser também um vencedor, hoje é bastante questionado pela torcida, por sua fraca atuação no vestiário e principalmente pelos seus atos além dos portões do clube.
Esse deslumbramento fez com que Landim, que estava muito bem credenciado para fazer seu sucessor, escolhesse um poste para apoiar. Um poste sem luz.
Talvez seja esse o motivo da escolha do nome de Rodrigo Dunshee, Landim o imaginou ser ele, a luz na gestão do escolhido.
Não deu certo!
Dunshee tem o carisma de uma poça de água, além de trazer a herança contestada do pai, que quando presidente vendeu Zico, sem que este quisesse ser vendido.
O último ato, pelo menos até aqui, Landim ainda tem até 31 de dezembro para surpreender com outras atitudes, foi dar a camisa dez do Flamengo a Giorgian De Arrascata.
Arrasca merece a muito tempo essa camisa, é o cérebro do Flamengo desde 2019, no entanto, o gesto do ainda atual presidente soou como uma birra de menino mimado, menino criado pela vó.
A camisa dez do Mais Querido foi conquistada pelo uruguaio, que pela primeira vez manifestou em público a vontade de utilizá-la. Com certeza a gestão de Bap, teria neste, seu primeiro gesto e com isso já mandaria um recado positivo a torcida do Flamengo.
Landim, se antecipou e em uma cerimonia mambembe entregou simbolicamente a camisa dez a Arrascaeta. Foram alguns minutos de constrangimento, onde se viu o jogador totalmente constrangido e o presidente em fim de mandato desesperado para aparecer por mais um minuto.
Muitos influenciadores, hoje detonam Rodolfo Landim, apesar de gestos sem pé e sem cabeça, como este de entregar a camisa, o mandatário entra para história como maior vencedor do clube. Foram treze títulos em seis anos de mandato, uma média de mais de dois títulos por ano.
Há de se respeitar que os feitos são maiores do que o final tragicômico.
Luiz Eduardo Baptista parece competente, tem ideias modernas e entende que o futebol tem que estar nas mãos de pessoas que tenham competência para isso, além do amor pelo clube, o futebol moderno exige mais.
Bap, entra com fogos e palmas, mas em pouco tempo os louros da vitória vão derreter e ele terá que se provar como grande gestor atrás da mesa, lá residirá o fantasma de Rodolfo Landim, que Baptista terá a dura missão de superar.
Como torcedor desejo profundamente que supere, que traga para a nossa sala de troféus três canecos por ano. Não quero lá na frente lembrar Landim e ouvir que no tempo dele o Flamengo era melhor.
O Flamengo tem que ser melhor sempre! Já a Rodolfo Landim, gratidão pelos serviços prestados, tenha boas e merecidas férias, volte a ser o grande gestor que sempre foi e não o menino de vó, que por hora terá que deixar vovó
