No século XIX, os ingleses inventaram o futebol inspirados por semideuses, que já jogavam bola no astral. Todos os craques já estavam lá e disputavam partidas empolgantes nos campos do céu.
Naquela época eles viram que aqui na terra o futebol ia conquistando o espaço do esporte mais apaixonante da terra.
Dentre esses semideuses havia um grupo que começou a se reunir para ver o futebol da terra e eles descobriram um time chamado Flamengo. Imediatamente eles se apaixonaram e passaram a sobrevoar o Maracanã em dias de jogo.
Não demorou muito que aquele grupo decidiu encarnar. Combinaram de se encontrar aqui na terra e juntos levarem o Flamengo ao título mundial.
E eles se encontraram, deram seus primeiros passos no futebol da terra nas categorias de base do Rubro Negro da Gavea. Não demorou e estavam todos juntos no profissional e simplesmente deixaram o mundo encantado com o futebol que jogavam.
Em dezembro de 81, aqueles semideuses encarnados calaram a boca dos ingleses, eles que inventaram o futebol, caiam diante do Rubro Negro mais querido do mundo.
Entre esses semideuses estava Adílio, o Brown, o Caso Verdade, o negrinho pobre que não esteve em uma copa do mundo, porque o futebol também tem seus caprichos.
Adílio craque da gávea, cria do Mais Querido, foi hoje convocado para a seleção do céu. Dizem que por aquelas bandas, até Pelé e Marado vão comparecer a partida para receber o meio campo que um dia jogou no Flamengo, que volta ao astral, mas com o coração rubro negro ainda mais pulsante do quando resolveu descer com seus companheiros e encantar o mundo terreno.
Boa viagem Brown, até outro dia Adílio, aqueles que se emocionaram vendo seu futebol, hoje sentem a dor da saudade e se despedem do herói que fez um dos gols que calou os ingleses na final do mundial de 81.
Obrigado Adílio, fica em paz meu querido, aqui no mundo dos mortais você é imortal, eterno camisa 8 do maior time que o Flamengo já teve.