Vinicius Junior, o melhor jogador do mundo na temporada 23/24, não foi laureado com o Ballon d’or, a bola de ouro, um dos prêmios de mais relevância no mundo do futebol, que oferecido anualmente pela revista France Football.
A vitória de Vini era dada como certa por quase cem por cento dos que amam e conhecem de futebol. O craque do Real Madrid, liderou a equipe na vitória dos canecos da La Liga e na Champions League. Tudo o que seria relevante no futebol, para atingir tal agraciamento foi realizado por Vinicius Junior.
Há apenas um obstáculo, que sem meias palavras, foi o que derrubou o atacante brasileiro. Vinicius vítima de racismo, encampou uma luta contra esse comportamento no mundo do futebol e a partir de então, tudo se transforma em justificativa, para que não se premie o seu futebol, que é o que deveria estar em jogo.
O racismo já deveria há muito tempo ter sido banido da face da terra, mas permanece, e é tolerado e até impulsionado como atitudes como esta, de punir o maior jogador do mundo, isso seria também premiar sua luta por um mundo igualitário, mais justo.
O futebol é um esporte coletivo e as duas Champions League, que Vinicius e seus companheiros conquistaram para o Real Madrid não podem ser tomadas, porque se pudesse, dariam um jeito. Imagina, um Jovem Preto Brasileiro, sair de uma comunidade no Rio de Janeiro e entrar os salões franceses para tomar a bola de ouro dos europeus?
Houve um tempo em que há histórias, que hoje se confundem com lendas, como a que jogadores negros tinham que passar pó de arroz para branquearem a pele. E o mundo ainda torce o nariz para um outro homem negro, que era chamado de Pelé, democratizou o futebol e o entregou aos pretinhos das comunidades, meninos como Vinicius.
Logo o futebol, um esporte dos ditos “cavalheiros”. O que Pelé fez gerou a frase dos ingleses, que diz o seguinte:
“O futebol é um esporte de cavalheiros, jogado por bárbaros!”.
Um desses bárbaros e Vinicius, e o Brasil produziu muitos outros, que quando o poder econômico não os tirava daqui nos deram cinco Copas do Mundo. Agora que o poder financeiro fala mais alto, eles vão lá, dentro da Europa e ganham as taças para o Real, para o Milan e até para o inglês Liverpool.
Vinicius Junior, é um Dom Quixote moderno, com o seu futebol luta contra os moinhos de vento na Espanha de Cervantes. Mas o craque já anunciou aos que pensavam, que pelo fato de não lhe darem a bola de ouro ele pararia, ele não vai parar.
Punho erguido na direção do firmamento, cabeça e olhar no horizonte, assim segue o menino de São Gonzalo, cria do Flamengo, o melhor jogador de futebol do planeta, que os europeus deem seus prêmios aos próprios filhos, no fim o que importará é o que a história vai dizer.
Segue cria do Ninho, voa e voa alto menino do Rio, o teu voo é a senha para que outros meninos saiam de São Gonçalo, do Rio, do Brasil e de todos os cantos e brinquem com a bola no pé. A tua luta é a passagem destes mesmos meninos para o sonho, um sonho que te custou e te custa muito caro.
Vinicius Junior do Brasil! Cria do Flamengo!