Com a chegada das mídias digitais, principalmente o Youtube, surgiram figuras que vivem de Flamengo. Criadores de conteúdo que dedicam todo o tempo ao dia a dia do clube. Isso é fantástico, teve um tempo em minha vida de torcedor eu assistia a todos que apareciam.
Em 2019 após sofrer um enfarto, a única alternativa que encontrei para vivenciar um jogo entre Flamengo e Cruzeiro foi ouvir a narração através de um canal no Youtube.
Com o tempo esses influenciadores se investiram de uma autoridade que não tem, já presenciei de lives derrubadas por influenciador nervosinho, briga entre eles, tiração de sarro com sotaques, mesmo o Flamengo sendo um clube continental e o pior de tudo, responder a críticas com ameaça de processo.
O torcedor sempre responde com o coração e isso é do jogo, mas quem tem milhares e até milhões de seguidores tem que ter responsabilidade, apenas engrossar grito da arquibancada é uma forma medíocre de ganhar dinheiro.
Tem influenciador que até o surgimento dessa mídia alternativa no futebol, estava acostumado a sobreviver perturbando celebridades, de repente se vê no direito de brigar com todo mundo, de constranger especialistas.
Isso faz mal ao Flamengo, tem o lado positivo, eles são mais rápidos e leves, trazem notícias de forma mais ágil, mas quando o quesito é opinião, poucos se preocupam em estudar, em entender verdadeiramente do riscado.
Muitos influenciadores dão opinião do cardápio que é servido no ninho, ao tratamento médico a jogadores lesionados.
Porém, o pior é quando agem somente como torcedores e potencializam o grito da arquibancada, algo legítimo, mas vindo da arquibancada, quando vem de mídia a situação sai do contexto e continua ajudando a jogar o futebol brasileiro no amadorismo.
A mídia alternativa precisa também se encontrar, quem ganha o que os grandes influenciadores ganham tem a obrigação de se profissionalizar, seja fazendo cursos, ou até se preparando psicologicamente para manter a seriedade que estar à frente de muitos seguidores exige. Depois de um bom tempo me divertindo com a mídia alternativa, voltei a mídia tradicional que é muito chata, mas segue os preceitos do bom jornalismo.